Tenho uma pretensão audaciosa — e profundamente amorosa:
Desejo ser guia para quem está tentando encontrar respostas. Não porque eu tenha todas elas, mas porque já estive nesse lugar de busca. E, em muitos aspectos, ainda estou.
Já caminhei com as costas curvadas de tanto peso, arrastando mochilas cheias de pedras que não consegui largar. Às vezes eu tentava. Deixava uma pedra ali, outra acolá, achando que estava livre… mas bastava um novo tropeço, e lá estavam elas, de novo dentro da mochila. Como se nunca tivessem saído dali.
Até que compreendi: não era sobre me livrar. Era sobre me acolher e me responsabilizar. Parar de correr. Olhar com coragem para dentro da mochila e reconhecer cada pedra. Dar nome a cada sentimento ou sensação que eu não reconhecia. Entender por que estavam ali. E, acima de tudo, aceitar que nem todas seriam descartadas de uma vez. Algumas precisariam de tempo. Outras, seguiriam comigo, pedindo cuidado.
Nesse processo, percebi também que o mapa que eu seguia — aquele construído com as referências que recebi da vida, da cultura, da religião, da família — já não servia mais. Estava desatualizado. Confuso. Me levava por caminhos conhecidos, mas que não me aproximavam de mim mesma. Atualizei o mapa.
Então decidi compartilhar o mapa que fui traçando desde então. Não como quem mostra “o caminho certo”, mas como quem usa o Waze: “Ei, por aqui tem uma curva perigosa.” “Ali tem um mirante lindo.” “Aqui talvez você precise parar e respirar.”
O que eu sigo trilhando é o caminho da cura, do autoconhecimento, do autocuidado. Um caminho cheio de voltas, de pausas e de reinícios. É possível viver a alegria, mesmo com algumas mochilas ainda pesando. É possível recomeçar, mesmo em luto.
Se o que compartilho ressoa com você, te acolhe ou te inspira a continuar… então fico em paz e espero que continues por aqui. Porque essa é a missão mais bonita que posso assumir: ajudar outras pessoas a se reconectarem com o que há de mais divino, verdadeiro e inteiro dentro de si, auxiliando em seus processos de recomeço.
Grande beijo!
Com Carinho,
Elaine
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