Sentei para tomar um café enquanto espero meu filho.

Fiquei buscando o melhor ângulo para poder ver o mar.

Percebi uma semelhança com aqueles momentos em que buscamos algo em nosso íntimo, nosso mar interior, mas algo não nos deixa avançar…por um minuto não queria que essa “poluição visual” existisse (exclusão). Do mesmo modo, não queremos sentir algumas coisas. Queríamos acesso direto ao mar interno.

São estruturas, contenções, fios, movimentos externos que não me permitem ter visão direta.

No mar aqui dentro foram (e ainda são) lealdades, crenças, vínculos e desejo de corresponder às expectativas.

Mas a paisagem está lá. Ao fundo.

Assim é a nossa essência, o nosso centro. A leveza está lá, basta conseguir acessá-la apesar de tudo o que, aparentemente atrapalha, mas faz parte.

Então por onde comecei? Sentada aqui?

Primeiro passo: acolhi o que achei que me atrapalhava. Inclui, acolhi. Vi que tudo faz parte.
Eu não teria essa visão, se esta estrutura não existisse.

Segundo passo: Decidi olhar adiante. Deixei que meus olhos pudessem incluir e ver além.

E assim continuo em direção à minha árvore.

Gratidão por sua presença
Com amor