Quando fiz minha primeira formação em Constelação Familiar, em 2018, uma das minhas dificuldades era compreender a filosofia ensinada por Bert Hellinger. Me parecia um misto de crenças e “máximas” de cunho religioso, um tanto quanto dogmáticas. Mas, como pesquisadora, me empenhei em estudar mais, ler mais e não ficar apenas na superfície, observar e aplicar.

Compreendi, então, que não se tratava do que outrora havia concluído. Para além das práticas de constelação (que foram muito importante em minha caminhada pessoal) compreendi de verdade, que tudo estava relacionado com “Escolha Consciente” e “Posicionamento”.

Observei e experimentei que na prática, “constelar um tema” era apenas 5% do processo, era apenas tomada de consciência. 

Então, percebi os efeitos das minhas escolhas e do meu posicionamento no meu dia-a-dia, nas minhas relações e naquilo que me incomodava e do que reclamava. Eu precisava constelar a vida e para mim, no meu caminho, descobri que Constelar a vida é:

Sobre posicionamento e movimento. É caminhar para frente em direção à vida.

É sobre aplicar as ordens do amor, identificadas por #BertHellinger em todas as nossas relações e com tudo o que nos relacionamos.

Saber o lugar que ocupamos, ter consciência de onde estamos.

É ter uma postura autorresponsável.

Ancorando nosso EU adulto.

É perceber o quê “nossa criança ferida, mimada” e traumatizada ainda precisa e se ela está no comando. E se ela atua: o quê está nos trazendo, o que precisa ser olhado? O que estamos repetindo? O que precisa ser curado? acolhido? ressignificado?.

É ocupar nosso lugar verdadeiro. É respeitar o lugar de cada um em nosso sistema familiar (porque isso afeta os outros sistemas do qual fazemos parte: trabalho, amigos etc.)

Se estamos em equilíbrio nas nossas relações ou há sempre queixas do tipo: “eu só levo rasteiras”, “eu só dou e não recebo nada” e por aí vai… Pergunte-se, investigue: qual o lugar que ocupo em cada uma dessas situações? 

Perceber se estamos dando mais ou recebendo mais. E nos questionarmos: Por que dou mais? Por que só desejo receber? O que precisa ser olhado?

Constelar a Vida é olhar para nossa existência e nossas experiências com amor, concordando com elas, mesmo que sejam muito desafiadoras. Ás vezes precisamos de suporte nesse caminho.

Acolher o que temos e aquilo que chamamos de “problemas”.

É olhar cada “problema” como uma luz amarela do painel do carro, tentando nos avisar de que algo precisa ser olhado, checado, observado e mudado, talvez.

 É integrar o princípio do amor incondicional por tudo o que é, do jeito que é. Sem julgamentos.

Trata-se de incluir, desde o mais incômodo ao mais agradável. Acolher o que mais dói ao que nos traz felicidade. É filosofia, é estilo de vida. É postura!.

Constelar a vida é um(a) adulto(a), acolhendo “a sua criança” e cuidando dela sem delegar essa função à outras pessoas, olhando para a realidade. Nem mais, nem menos…. A realidade.

Constelar a Vida, fala do respeito e do amor a si e ao outro tal como é.

Estar em relação e testemunhar a existência de outros Seres que dividem o mundo comigo, com você.

É sobre fluir! É posicionamento e movimento mais pleno e a Alma mais leve. Leve, porque é possível perceber que às vezes se carrega pesos que não fazem mais sentido e que, a partir de agora, é possível fazer um pouco diferente.

Fácil? garanto que não, mas é possível! Com autorresponsabilidade e autoconsciência, “um pouco todo dia e todo dia um pouco”, como diz uma querida professora, se chega lá!

É sobre dizer: “Sim! Foi difícil, mas sigo adiante. Sigo para mais vida, mais plenitude”.

E aí, eu te convido: Vamos dar um passo em direção à vida e às infinitas possibilidades que ela nos oferece?

Desejo um grande início de ciclo para você e que possamos constelar a vida e viver de forma mais plena.

Com amor,

Elaine

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